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 Sujet du message: O PODER DA NÃO-VIOLÊNCIA
MessagePosté: 08 Jan 2009 02:50 
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Inscription: 03 Déc 2005 19:23
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O PODER DA NÃO-VIOLENCIA
A luz da experiencia kimbanguista.

Cristo diz aos seus discípulos na Bíblia: “ Ao que te bater na cara, deixa-o bater também no outro lado (Mateus 6, 29). Essas palavras do Cristo suscitam muitas interpretações:
- Há uns que pensam que esta atitude abre caminho para o enfraquecimento;
- Há outros que nem pensam em admitir isto apesar do facto de ser cristãos;
- Há outros também que passaram ou passam por esta experiência. É o caso da nossa comunidade e de muitas outras. Essa atitude que preconiza a não-violência, não significa passividade mas sim interpelação dum lado, e noutro lado, entrega do caso à Deus. Quer dizer: ao adoptar a não-violência, quem a pratica não se mostra passivo mas sim, dum lado, procura interpelar o outro na sua consciência para que o resultado seja o abandono da violência na resolução do diferendo. Doutro lado, sendo Deus ( Cristo) quem recomenda a atitude, o discípulo deve entregar-lhe o caso para a sua resolução. Desde já podem imaginar a margem de manobra que se proporciona para a vitória. Pois, se Deus luta para nós, quem pode resistir? É esta a leitura que nos façamos da não-violência ao longo da história da nossa igreja que temos o prazer de vos relatar hoje.

A Igreja de Jesus Cristo sobre a terra pelo seu Enviado Especial Simon Kimbangu ou Igreja Kimbanguista, foi fundada em N’kamba-Jerusalem, província do Baixo-Congo na Republica Democrática do Congo no dia 06 de Abril de 1921. O seu fundador é SIMON KIMBANGU, o Espírito Santo que Cristo prometeu nos Evangelhos e cujo conhecimento – à alguns limitou apenas pela manifestação energética – más á nos, deu a possibilidade de conhecê-lo como “hipostase”; isto é como pessoa. Simon Kimbangu é o Espírito Santo pela sua consubstancialidade ao Pai e ao Filho traduzindo-se por factos que aqui só podemos enumerar alguns :

1º Enquanto que a bíblia constitui, por alguns, um vulgar arquivo de narrações judeo-cristãs; por nós, a bíblia é uma palavra de vida pelo que, em pleno século 20 experimentou-se o que se viveu, há séculos, na Palestina. Pois, Jesus Cristo visitou Kimbangu em M’kamba.

2º Kimbangu incarne o poder espiritual tradicional. Isto significa que nos tempos remotos, havia uma pratica em África principalmente na tradição kongo de recorrer ao Espírito “Kimbangu” para vivificar os nados mortos. Por exemplo, ao ter um nado-morto, a família invocava “Kimbangu fula muana”, o que significa: “Kimbangu ressuscita a criança”. E, essa súplica resultava.

3º Kimbangu cujo o nome de baptismo é Simão deixa a Bíblia com uma historia insólita ao ser ele a carregar a cruz de Cristo enquanto atrás caminhavam pai, mãe, irmãos, apóstolos, etc. (Lucas 23,26).

Como já referimos, a história da Igreja Kimbanguista começa no dia 06 de Abril de 1921. Nesta data, Kimbangu, cumprindo o que foi combinado com Cristo, cura uma senhora de nome N’kiantondo que agonizava. A notícia desta cura espalha-se rapidamente de tal modo que num espaço curto de tempo, N’kamba viu-se invadida por muita gente. Uns vieram para solicitar uma cura e outros para certificar-se do que começaram ouvir de N’kamba. A todos, Kimbangu prestou os seus serviços. Assim, os cegos viam, os mudos falaram, os surdos ouviram, os paralíticos andaram e os mortos ressuscitaram. Nesta lista, podemos citar o caso de Dyna que tinha morrido com a idade de 15 anos e que os familiares levaram três dias de caminhada para fazer chegar o seu corpo em N’kamba. Imaginem em que estado chegou este corpo em N’kamba ! Mas Simon Kimbangu ressuscitou Dyna. Demos este exemplo, porque aqui em Portugal, vivemos com uma neta de Dyna.

Este ministério que permitiu à Kimbangu ganhar popularidade no meio dos seus conterrâneos, não será visto de bons olhos:
1º Pelos missionários que notavam o vazio nas capelas;
2º Pelos comerciantes que viam as suas receitas baixar por haver diminuição de compradores;
3º Pela administração colonial que receava uma insurreição politica. Porque Simon Kimbangu diz : “o branco tornará preto e o preto tornará branco”, uma linguagem enigmática que ele próprio explicou mostrando aos seus conterrâneos que vira um dia que o branco tinha que de ir-se embora
(fim da colonização) e dai, os negros tinha que de assumir-se conduzindo eles próprios os seus destinos nos seus respectivos país elaborando leis que os brancos tinham de cumprir também.

Assim, esta tríade colonial fomentou todo o tipo de acusações contra Kimbangu. Uma missão de investigação conduzida pelo administrador territorial de Cataractes, senhor Leon Morel chega em N’kamba no mês de Maio de 1921. Em prosseguimento da sua missão, o Senhor Morel volta em N’kamba no dia 06 de Junho de 1921 acompanhado de solados para prender Kimbangu. Mas a missão vai falhar, o que levará Kimbangu a deixar N’kamba e refugiar-se em Mbanza-Nsanda para todo o tempo restante do seu ministério. No seu lado, a autoridade colonial vai tomar uma serie de medidas começando pela ocupação de N’kamba até rusgas praticamente em toda província do Baixo-Congo para prender todo o que respirava kimbanguismo.

Depois de 5 meses de actividades intensas, o ministério público de Kimbangu acaba no dia 12 de Setembro de 1921. Nesta data, Simon Kimbangu e todos que andavam com ele, voltam em N’kamba para se entregar ao administrador Snoeck. Ficam assim presos e foram conduzidos para Thysville, hoje Mbanza-ngungu, a capital do distrito de Cataractes. É dali que serão julgados e condenados onde penas variando entre a pena de morte e detenções de prazos mais ou menos longos foram decididas. A Simon Kimbangu foi decidido a pena de morte. Más, o Rei dos Belgas, Albert 1er comunga a pena de morte para a detenção perpétua depois do recurso introduzido. Dai que Simon Kimbangu vai passar 30 anos de prisão em Elisabethville, hoje Lubumbashi, onde morre no dia 12 de Outubro de 1951. Os outros condenados foram também deportados em diversos campos de concentrações que foram organizados (Lowa, Beligno, Ikafela, etc.). É de salientar que as detenções não foram só feitas até no dia 12 de Setembro. Assim, estima-se á 37.000, o número de famílias deportadas, cerca de 150.000, o número total de pessoas relegados nos diferentes campos de concentração.

Sendo o sangue de mártires a semente da Igreja, o movimento kimbanguista vai continuar a sua caminhada de forma clandestina. Entretanto, aparecia a necessidade da institucionalização do movimento pelo facto de que todos os que tinham aderido ao movimento foram excomungados nas confissões onde pertenciam. E, sendo essas confissões diversas, era necessário procurar uma unificação de todas tendências.

Sua Eminencia Diangienda Kuntima, 3º filho de Simon Kimbangu e primeiro chef espiritual da Igreja Kimbanguista deu-se esta tarefa dois anos depois da morte do seu pai. O que leva o movimento a transformar-se numa Igreja, a “IGREJA DE JESUS CRISTO SOBRE A TERRA PELO SEU ENVIADO ESPECIAL SIMON KIMBANGU” ou Igreja kimbanguista cuja o reconhecimento oficial acontece no dia 24 de Dezembro de 1959, data em que o governo colonial belga revogou o decreto tomada em 1937 que promulgava a dissolução do kimbanguismo. O que aconteceu praticamente é o seguinte : Os kimbanguistas que viviam em Kinshasa, farto das exacções de que os kimbanguistas foram alvos em todas as partes decidiram pôr fim ao sofrimento duma só vez por tudo. Como? Decidiram todos se juntar no estádio “Papa Raphaël” que existia na capital e endereçaram uma carta ao governador de Léopoldville actual Kinshasa significando-lhe, em vez de continuar a ser apanhados nas rusgas, facilitaram-lhe a tarefa : todos os kimbanguistas estamos no Estádio. Pode vir aqui nos apanhar todos. Todavia, é de conhecimento que a carta universal dos direitos humanos, reconhece a cada indivíduo a liberdade de professar livremente a sua religião... Assim, apanhado pelos os acontecimentos, o governador assina no dia 24 de Dezembro de 1959 o decreto nº2211/846 que revoga o decreto Nº 427 do 16 de Novembro de 1937 que promulgava a dissolução do Kimbanguismo.

Entretanto, no Congo-Brazzaville, um ano antes, os kimbanguistas beneficiavam da liberdade já que o governo colonial francês tinha atenuado a sua repressão. Mas temos que esperar o ano 1974 para que o governo colonial português faça o mesmo gesto para os kimbanguistas de Angola.

A Igreja kimbanguista, aproveitando deste alívio, exteriorizou as suas potencialidades. A missão não sendo apenas de salvar as almas( apesar de ser primordial) más sim o Homem na sua integra (corpo e alma), a Igreja kimbanguista concebeu a sua missão como uma evangelização tendo como corolário o social ( educação, saúde, etc.). Hoje a Igreja Kimbanguista não se encontra apenas na RdCongo ou Congo-Brazzaville ou em Angola, más estamos também no Ruanda, no Burundi, na Zâmbia, no Gabão, no Kenya, nos camarões, na África do sul, na Namíbia, no Senegal, Na Costa do Marfim, na Nigéria, aqui em Portugal, na Espanha, em França, Na Inglaterra, na Bélgica, na Holanda, na suíça, na Finlândia, na Suécia, na Alemanha, na Republica checa, na China, Nos Estados unidos, em Canada, no Brasil, na China. Estima-se á 17 milhões, o numero de kimbanguistas espalhados no mundo inteiro.

Com toda esta história, como podem notar, queremos apenas demonstrar que a
não-violência é poderosa. Porque quando muitos pensam que a liberdade só se adquire na ponta da canhoneira, temos aqui um exemplo patente onde, sem usar a violência más confiando em Deus, os kimbanguistas puderam desfrutar da liberdade e mais ainda, essa liberdade veio antes das independências dos respectivos país (RDCongo, Congo-brazzaville e Angola).

Apelação, aos 20 de Dezembro de 2008.

KALEMBA MANZO CONSTANTINO.


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